Um erro da Fiat ou um acerto ousado? Você apostaria que um carro 4×4 de quase 1,8 tonelada conseguiria bons números de economia com etanol? Pois é exatamente isso que o Inmetro acaba de revelar com a nova Fiat Toro Ultra flex. A picape que antes vinha equipada apenas com motor diesel agora estreia sua versão com motor flex e consumo surpreendentemente equilibrado — algo que poucos acreditavam possível.
Enquanto muitos consumidores ainda têm dúvidas sobre motores flex em carros grandes, a Fiat decidiu arriscar. E o resultado? Um modelo que, segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), entrega médias de consumo que competem com SUVs médios. Mas será que o custo-benefício vale a pena?
O consumo oficial divulgado pelo Inmetro
A grande surpresa veio nos números: de acordo com o Inmetro, a Fiat Toro Ultra agora é flex apresenta consumo urbano de 7,5 km/l com etanol e 10,9 km/l com gasolina. Na estrada, os números sobem para 9,0 km/l (etanol) e 12,7 km/l com gasolina. Para um modelo com tração 4×4 e proposta aventureira, os dados chamam atenção.
Esses valores colocam a versão flex da Toro entre os modelos mais eficientes do segmento quando comparada, por exemplo, à Chevrolet S10 flex ou à Renault Oroch. A estratégia da Fiat pode ter mirado diretamente em quem busca desempenho, mas também economia e menor custo de manutenção.
O que muda no desempenho com o motor flex?
A Fiat substituiu o motor 2.0 turbodiesel por um 1.3 turbo flex de 185 cv com torque de 27,5 kgfm com etanol. Apesar da perda de força em relação ao diesel, o novo motor entrega desempenho ágil no uso urbano e respostas rápidas na estrada, especialmente quando se considera o câmbio automático de seis marchas.
A nova calibragem eletrônica prioriza eficiência e suavidade na condução. Engenheiros da Stellantis afirmam que o foco foi oferecer uma picape mais “civilizada” para quem não precisa da robustez do diesel, mas quer o visual e o pacote tecnológico da versão Ultra.
Toro Ultra flex: vale mais a pena que a diesel?
Com a alta no preço do diesel e o custo de manutenção mais elevado, a versão flex surge como uma alternativa inteligente para o uso urbano e misto. Além disso, o IPVA tende a ser mais barato e a manutenção preventiva se torna menos complexa, reduzindo surpresas desagradáveis.
Para quem usa a picape no dia a dia, sem enfrentar estradas de terra ou carregar grandes cargas, a Toro Ultra flex representa um bom equilíbrio entre estilo, performance e economia. Vale lembrar que a versão traz todos os itens premium: bancos de couro, central multimídia com conectividade e pacote ADAS de segurança.
Cuidados e detalhes que você não pode ignorar
Mesmo com bons números de consumo, é essencial ficar atento à manutenção preventiva, especialmente no sistema de injeção direta, que exige combustível de qualidade e revisões regulares. Ignorar esse detalhe pode afetar diretamente o consumo de combustível e até danificar o motor.
Segundo dados da CINAU, 73% dos motoristas brasileiros negligenciam a manutenção do sistema de injeção, o que resulta em perda de eficiência e aumento dos gastos a longo prazo. Ficar de olho nas recomendações do manual e abastecer em postos confiáveis são atitudes que fazem toda a diferença.
Conclusão
A Fiat ousou ao lançar a Fiat Toro Ultra agora é flex. E acertou. Com consumo competitivo, visual robusto e menos custos operacionais que a versão diesel, o modelo entra com força no mercado de picapes urbanas. O lançamento agita o segmento em pleno 2024, ano marcado por reestilizações e mudanças nas regras de emissões.
Revise o manual do seu carro agora antes que seja tarde! Pequenos cuidados com abastecimento e revisões periódicas podem evitar dores de cabeça — e prejuízos — no futuro. E se você está pensando em trocar de carro, talvez seja hora de testar a nova Toro Ultra flex.
🚨 Veja também: Jaecoo 7 PHEV estreia no Brasil com preço de R$ 229.990 e autonomia de até 1.200 km